16 setembro 2013

ENTREVISTA COM RONALDO LOBO

É com muito prazer que faço essa entrevista com esse grande amigo e profissional, um dos melhores professores de música do Brasil e um dos fundadores do festival do contrabaixo que vem descobrindo talentos em todo o país. Ele é professor de uma das maiores escolas de música do BRASIL, a IBT. Meu amigo RONALDO LOBO.



Adilton –ONDE NASCEU?
Lobo - Nasci em São Paulo capital, no Bairro da Lapa e tenho 45 anos.

Adilton –QUANDO COMEÇOU A TOCAR?
Lobo - Aos 12 anos comecei tocar violão, mas parei logo. Com 14 comecei com o Baixo.

Adilton – TEM ALGUM MÚSICO PROFISSIONAL EM SUA FAMILIA?
Lobo - Não, meu avô tocava alguns instrumentos, mas só de lazer.

Adilton – FALE UM POUCO SOBRE SEU TRABALHO?
Lobo - Acompanhei algumas pessoas, mas elas não são conhecidas. Meu trabalho foi mais com bandas. Toquei nas bandas  Desequilíbrios e Blezqi Zatsaz, em ambas gravamos CDs e depois fui pra  carreira solo.

Adilton – VOCÊ TEM ALGUM TRABALHO SOLO?
Lobo - Tenho meu trabalho solo Ronaldo Lobo Trio, que gravei em 2007. Ainda tenho um trio chamado Nonsense e um chamado Mossapy (Jazz).

Adilton –SUAS INFLUÊNCIAS?
Lobo - Sempre gostei muito do John Patitucci, na sua limpeza das notas, mas estudei muito o Stuart Hamm e Billy Sheehan. Gosto muito também do Gary Willis e do Dave Larue. Outro cara que me impressiona muito é o Brian Bromberg entre muitos outros...

Adilton –VOCÊ É PATROCINADO POR ALGUMA FIRMA?
Lobo - Hoje sou endorsee das corda SG, amplificadores Pezo e dos Baixo Mendes

Adilton –POR SER UM EXCELENTE MÚSICO E PROFESSOR, VOCÊ TEM FEITO MUITO WORKSHOP?
Lobo - Tenho meu trabalho de baixo solo onde faço festivais no Brasil todo, master classes e workshops. E agora vou com esse trabalho pro festival internacional de New Hampshire (EUA). Ainda tenho uma Banda de Blues chamada RL Blues Band.

Adilton – FALE UM POUCO DO SEU INICIO NA MÚSICA.
Lobo - Tudo começou em festivais de colégios. A minha primeira banda se apresentou em um colégio e alguns amigos me viram tocar, dai  me chamaram para outras bandas. Tocávamos em muitos festivais de escolas naquela época e "detalhe", musica própria.

Adilton – O RITMO QUE MAIS CURTE?
Lobo - Sou roqueiro por natureza, então acompanhei todas as grandes bandas de rock dos anos 80, fora isso gosto muito do Fusion e do Jazz.

Adilton – DE UMA DICA PARA OS INICIANTES.
Lobo - Acho que a melhor dica é estudar muito!!

Adilton – FALE DAS PRINCIPAIS DIFICULDADES DO INICIO DE CARREIRA.
Lobo - Bem, na minha época era difícil achar material didático e professores. Os instrumentos bons eram muito caros também.

Adilton –AS BANDAS QUE MAIS CURTE?
Lobo - Como Banda, Queen, Led Zeppelin, Sabbath, Van Halen, Deep Purple, AC/DC, Zappa etc…

Adilton –AGRADECIMENTOS.
Lobo - ADILTON E O ITALVA EM FOCO. Obrigado por abrir esse espaço, pela oportunidade de abrir espaço para músicos e pra boa música. Nosso País está precisando.

01 setembro 2013

DOMINGUINHOS

Quero fazer uma homenagem a um dos maiores músicos do mundo e por nossa sorte brasileiro.  O Brasil perde um mito que vai ser lembrado pela eternidade com sua extensa obra musical. Dominguinhos morreu terça-feira (23/07), aos 72 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele lutava havia seis anos contra um câncer de pulmão. De acordo com o hospital, o músico morreu às 18h em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas. O velório aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo.

DOMINGUINHOS
José Domingos de Morais, conhecido como Dominguinhos,  instrumentista, cantor e compositor brasileiro. Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Teve em sua formação musical influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz. José Domingos de Morais nasceu no interior de Pernambuco, na cidade de Garanhuns, em 12 de fevereiro de 1941. Oriundo de família humilde, seu pai, mestre Chicão, era um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas. Dominguinhos interessou-se por música desde cedo, começando a aprender sanfona com seis anos de idade, quando ganhou um pequeno acordeão de oito baixos e chegou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum dinheiro junto com seus dois irmãos, com quem formava o trio Os Três Pingüins. Praticava o instrumento por horas a fio, e logo tornou-se proficiente nas sanfonas de 48, 80 e 120 baixos, e acabou por tornar-se músico profissional ainda garoto.

Em 1950, aos nove anos de idade, conheceu Luiz Gonzaga quando tocava na porta do hotel em que este estava hospedado. Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio de Janeiro. Dominguinhos o fez em 1954, então com treze anos de idade, acompanhado do pai e dos dois irmãos, indo morar em Nilópolis. Ao encontrar-se com Luiz Gonzaga no Rio, este deu-lhe de presente uma sanfona e o integrou à sua equipe de músicos, e Dominguinhos passou a fazer shows pelo Brasil e participar de gravações. Em uma dessas viagens, em 1967, conhece a cantora de forró Anastácia (nome artístico de Lucinete Ferreira), com quem se casa e forma uma parceria artística que duraria onze anos. Dominguinhos já tinha um filho, Mauro, nascido em 1960 de seu primeiro casamento. Em 1976, Dominguinhos conhece a também cantora Guadalupe Mendonça, seu terceiro casamento, do qual nasceria uma filha, Liv. Separaram-se, mas mesmo após a separação, os dois mantiveram a amizade até a morte do cantor.

A sua integração à equipe de músicos de Luis Gonzaga fez com que ganhasse reputação como músico e arranjador e ele aproximou-se de músicos do movimento bossa nova. Fez trabalhos junto a inúmeros músicos de renome, como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Elba Ramalho e Toquinho, e eventualmente acabou por consolidar uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais diversos como bossa nova, jazz e pop.

Para falar de Dominguinhos  precisaria escrever um livro.  Músico com uma habilidade impressionante, deixou para nós uma obra que vai durar para eternidade. A música brasileira perde um dos maiores músicos e ganha uma obra construida com muito estudo e amor. Pesquisem o trabalho dele a fundo, vale a pena