08 dezembro 2013

ENTREVISTA COM REYNALDO COSTA


É com imenso prazer que falo de um artista do naipe desse entrevistado. Com talento grandioso ele é um artista completo, compositor, arranjador, e músico com uma humildade que deveria ser seguida como exemplo por muitos. Tem trabalho firmado no Brasil e no exterior. Recentemente está fechando um trabalho com uma gravadora americana. Tem vários CDs lançados, DVD e vários vídeos no you tube. Pesquise esse excelente talento que por nossa sorte é brasileiro. O músico está vindo ensaiar na cidade de Italva-RJ em um trabalho firmado com o músico baixista ADILTON DO NASCIMENTO. É muito gratificante poder acompanhar esse artista e compartilhar o meu estudo para as suas belas composições.  Vamos conhecer um pouco da história de REYNALDO COSTA que tem uma parceria com a compositora e empresária  MARCIA JUANES. Dois profissionais de mão cheia. Na entrevista links de vídeos para assistir. ABAIXO VIDEOS QUE GRAVEI COM O CANTOR.



AN - Onde nasceu? 
RC - Niterói/RJ, em 28 de julho de 1965.

AN - Com quantos anos começou o interesse pela música? 
RC - Segundo minha mãe, quando tinha três anos de idade, o nosso vizinho, Sr. Benjamin, apelidou-me de “o cantador” pelo fato de, ao acordar, ir para varanda da casa onde morávamos, na rua Porciúncula nº 45, casa 06 / Vila,  Largo do Barradas, Niterói, onde ficava cantarolando por longo tempo. Acho que nessa fase o meu lado artístico começava a dar sinais de sua graça. Aos nove anos ganhei a minha primeira guitarra na festa de confraternização da empresa em que minha mãe trabalhava. Os filhos de cada funcionário eram chamados para retirar (aleatoriamente) um presente da árvore de Natal. Ao abrir me deparei com uma guitarra de plástico de cor vermelha com um escudo branco e não a larguei mais, nem para dormir. Aí começou a minha paixão pela guitarra.
   
AN - Em sua família tem outros músicos? 
RC - Sim, minha tia avó, Angeolina Martins Petrópolis, cantora lírica, que inclusive foi homenageada com nome de rua no bairro de Itaipu em Niterói/RJ.

AN - Descreva alguns artistas com quem você trabalhou. 
RC - Em 2001 a cantora Amelinha participou, em dueto, em minha canção “Nos Esquecer”, faixa 13, do álbum Acreditar, produzido por Arthur Maia e lançado pelo selo Niterói Discos, em 2011. Na canção, além da Amelinha, tive o prazer de ser acompanhado por Arthur Maia (baixo e percussão), Claudinho Infante (bateria), Lui Coimbra (cello), William Magalhães (teclado) e eu, nos violões. Nos Esquecer

AN - Você tem algum trabalho instrumental?
RC - Sim, a canção Mediterrâneo (violão flamenco), Tô Levando, Duas Vias e recentemente, a canção Peregrino, em parceria com o músico italvense Adilton Nascimento.
                       

AN - Fale um pouco sobre suas influências:
RC - Os Beatles marcaram muito, em especial a canção Day Tripper. Eric Clapton, Led Zepellin, Van Halen, este último, o meu grande mentor na guitarra. Não posso deixar de citar ainda as tardes em que escutava na vitrola, junto com meu pai, Carlile, Nelson Gonçalves (seleções de Ouro), Altemar Dutra e Moreira da Silva, os dois últimos, os preferidos de minha mãe, Ilza. Quanta saudade!


AN - Você é endosse de alguma firma? 
RC - Ainda não.


AN - Com quem você está trabalhando atualmente?   
RC - Márcio Andrene (baixo), Tiago de Souza (bateria) e Régis Gonçalves (percussão e bateria).

AN - Fale um pouco sobre o seu início na música, como tudo começou. 
RC - Sinto que nasci com a música circulando em minhas veias. Transpiro música. Aos 12 anos, tocando nos bordões do violão de meu irmão mais velho, Roberto, comecei a dedilhar os primeiros acordes da música que ele adorava escutar: Standy By Me, de John Lennon. Um dia, ele chegou e me viu tocar, o que o levou a providenciar minha matrícula no Conservatório de Música Vila Lobos, no Rio de Janeiro, onde estudei teoria, harmonia e prática do instrumento (1978–1984). No início da minha carreira tive duas bandas. A primeira, Maribondos do Arizona (1981-1984) com Reynaldo Costa (voz/guitarra), Flavio Rios (guitarra), Jader (baixo) e Banga (bateria). Na época fazíamos cover da Rita Lee (banda Tutti Frutti), Beatles e Kiss. A segunda, Limiar (1984-1987) formada por Oscar Calheiros (guitarra), Bosco (baixo), Adriano (bateria), Gustavo (teclado) e eu, voz e guitarra, aonde além de cover de Paralamas, Lulu Santos, Roupa Nova, Beatles, chegamos a introduzir algumas canções autorais, como Somente o Passado, Pode Crer (Reynaldo Costa) e Geração da Luz (Oscar).


AN - Fale dos estilos musicais que contribuíram para a sua formação musical. 
RC - Do rock clássico, Beatles, Led Zepellin; do jazz, Stanley Clarke, John McLaughlin, Jeff Beck; do violão clássico, Andrés Segovia; do violão flamenco, Paco de Lucía; do blues, Eric Clapton, Buddy Guy, Robert Cray; do hard rock, Eddie Van Halen, Jack E. Lee.   


AN - Dê uma dica para os iniciantes: 
RC - Escutar e estudar muito e, acima de tudo, buscar a sua autenticidade musical, não sendo apenas um cover e, é claro, jamais deixar de acreditar em você! Mesmo que seja difícil, beirando ao impossível:  Acreditar(Reynaldo Costa).
                       
                         
AN - Descreva suas maiores dificuldades no início da carreira: 
RC - Sou de uma época em que a informação era restrita, cara, diferentemente de hoje, onde contamos com a internet e outras mídias, como ferramenta de estudos, de interatividade social e profissional, representando uma grande aliada na construção do artista e na divulgação do seu trabalho. Não posso também deixar de citar que as recentes reformulações na área de comércio exterior, as quais o Brasil implementou nos últimos anos, facilitaram o acesso aos equipamentos e instrumentos de melhor qualidade, além disso, a política econômica voltada para a maior disponibilidade de crédito propiciou a aquisição, por meio de financiamento a médio e longo prazos, de toda infra-estrutura necessária à formação de um profissional.

AN - Em termos de vocal, quais as suas influencias? 
RC - Os grandes cantores e intérpretes, Louis Armstrong, Barry White, Al Jarreau, Nat King Cole, Ella Fitzgerald e Nelson Gonçalves.

AN - Fale da sua nova parceria com o músico Adilton Nascimento, de Italva/RJ. 
RC - Tive o prazer de conhecer o grande músico Adilton Nascimento através da Célia Juannes, irmã de minha produtora, Márcia Juannes. Do recente primeiro encontro nasceu uma canção de nossa promissora parceria: Peregrino, com Reynaldo Costa (guitarrra) e Adilton Nascimento (baixo). Novos encontros prometem!  Peregrino

AN - Existe algum fato marcante, em relação ao seu trabalho, que gostaria de citar?           
RC - Primeiramente, a parceria com a poetisa, produtora Márcia Juannes e o contato, em junho último, de uma empresa americana interessada em divulgar o vídeo de minha canção So Tell Me Why?, do EP Without Border, mediante assinatura de contrato. Este último fato realça a importância da internet na divulgação e promoção de bons trabalhos. SoTell Me Why?

AN - Reynaldo, onde o nosso leitor poderá ter acesso ao seu trabalho, como álbuns, redes sociais, agenda de shows? 
RC - Na internet, através dos seguintes endereços:

www.myspace.com/reycosta
@CostaFaria


AN - Agradecimentos. 
RC - Em especial, a minha mãe, aos meus tios, Diolizet e Rafael e a todos que incentivam, apoiam e participam da minha trajetória musical como, o meu irmão Roberto, a poeta e produtora, Márcia Juannes, entre outros, como você, Adilton Nascimento e o Erivelton Mendes, que através do Italva em Foco nos permite divulgar o nosso trabalho, promovendo uma maior proximidade/interatividade entre o artista e o público.