28 julho 2013

CONSTRUÇÃO DE UM INSTRUMENTO

Recentemente, o meu luthier, Daniel Rossi, da D Rossi Instrumentos, fez um baixo de 4 cordas para mim. Quero mostrar a você leitor, como funciona a construção de um instrumento feito por um dos melhores luthierd do mundo. Primeiro escolhemos a madeira que irá compor o corpo. Neste caso escolhemos o CEDRO, madeira muito conhecida pelos brasileiros. Em seguida definimos o tampo, que é a parte da frente do instrumento. Para o tampo colocamos uma madeira chamada SATWOOD. Abaixo as fotos:






Corpo de Cedro
Tampo de Satwood











No braço do instrumento, o Daniel usou MAPLE na parte traseira e JACARANDÁ na escala.Nas fotos a construção do braço.Parte da frente e de trás do braço. Repare que ainda está sem os trastes.

Mão já furada para colocar as tarraxas.

O instrumento já colado e tomando forma.

Nessa foto vemos as cavidades do instrumento que já estão prontas para receber os captadores e os furos da ponte junto com os furos dos knobs .

O  furo traseiro onde fica toda a parte elétrica

Agora uma parte muito delicada, a pintura. Nessa fase o instrumento é, varias vezes, lixado e pintado, até que a madeira não apresente nenhum defeito em sua face. Este é um processo que requer muito do profissional. Na foto a primeira pintura. Essa parte leva mais ou menos um mês.

Agora sim, o contra-baixo está pronto para ser usado. Um trabalho perfeito realizado por um profissional. Um som apurado e com a escolha das madeiras certas para ter um instrumento top de linha. Parabéns ao luthier DANIEL ROSSI pela construção. Nesse instrumento usamos tarraxas da gotoh, ponte gotoh, trastes jumbo knobs gotoh. O sistema é totalmente passivo e os captadores da marca Cabrera. Com a blindagem feita no sistema não se houve ruído. O baixo foi testado pelo músico Adilton do Nascimento. Breve vídeos dos testes.



15 julho 2013

FESTIVAL BLUES JAZZ RIO DAS OSTRAS


Deus me deu uma excelente oportunidade de estar perto e conversar com os melhores músicos do planeta. O Festival de Blues e Jazz da cidade de Rio das Ostras, um dos melhores eventos do gênero no mundo, reuniu artistas que eu não imaginava um dia ver de perto. Pude trocar idéias e aprender, fui convidado a ir aos Estados Unidos e muito mais. Estiveram por lá alguns dos maiores músicos do mundo: STANLEY CLARKE, SCOTT HENDERSON, LUCK PETERSON C/ TAMARA PETERSON, VERNO REID E MAYA AZUNCENA, CHISTIAN SCOTT, WILL CLHOUN, VICTOR WOOTEN, JOHN PRIMER, LEO GANDELMAN, BYU SYNTHESIS, ARTHUR MAIA, DIEGO FIGUEREDO, LANCASTER, ORLEANS STREER JAZZ BAND, MONTE ALEGRE HOT JAZZ BAND, ORQUESTRA KUARUP, FERNANDO VIDAL, MAURO HECTOR, GEAN PIERRE e VAGNER FARIA. Resolvi destacar somente alguns, pois para falar desses músicos é preciso escrever um livro.Só tem fera. Aconselho aos leitores que apreciam a boa música para pesquisarem esses nomes.  Consegui entrevistas exclusivas com o Victor Wooten Stanley Clarke e muito mais para próximas matérias.

Apontado pelos críticos como um dos melhores festivais do gênero no mundo, o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival chegou à sua décima primeira edição. De 29 de Maio a 02 de Junho de 2013, uma seleção dos melhores instrumentistas e intérpretes da atualidade se apresentaram em quatro palcos montados ao ar livre. O festival, realizado pela Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, por meio da Secretaria de Turismo, com produção da Azul Produções, entrou para o calendário oficial de eventos do Estado do Rio de Janeiro, devido a sua importância. O Festival é patrocinado pela Lei de Incentivo da Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro (Somando Forças) e conta com apoio cultural da V&M do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Eu estive presente e trago essa matéria exclusiva para o site ITALVA EM FOCO e para você que curte música de qualidade. No palco e nos bastidores, encontrei músicos e amigos que me deram suporte para hoje também viver da música. Aqui vou falar dos nomes que estiveram no palco da cidade do jazz, nomes em que eu estudo e é referência para mim desde quando comecei estudar essa arte maravilhosa chamada música. 


STANLEY CLARKE: Mais de 21 álbuns solo, 14 álbuns com a banda Return to Forever, e mais de 100 álbuns com outros artistas. Stanley Clarke é vencedor de três Grammy's. Ele também foi o primeiro baixista na história a tocar os baixos acústicos e elétricos com igual virtuosismo e poder de fogo. Também inventou dois novos instrumentos: o baixo piccolo e o tenor. O baixo piccolo, construído a suas especificações pelo luthier de NYC, Carl Thompson, é afinado uma oitava acima da afinação do baixo elétrico tradicional. O tenor é um baixo padrão Alembic, afinado até um quarto a mais do que o padrão. Com esses dois instrumentos, a faixa melódica de Stanley vai a registros mais elevados. Foi o primeiro show de Stanley Clarke acompanhado por sua banda no Brasil. No repertório músicas que marcaram sua história como School Days. Sua banda é formada por Stanley Clarke (baixo), Mahesh Balasooriya (piano/teclado), Michael Mitchell (bateria) e Kamasi Washington (Sax).


VICTOR WOOTEN: Compositor, arranjador, professor, produtor, vocalista e multi-instrumentista; vencedor de 5 Grammys. Esse titã do Tennessee, conhecido por seu solos, gravações e turnês, e como integrante do grupo Béla Fleck & The Flecktones, ganhou os prêmios mais importantes dados a um baixista elétrico. Eleito por três vezes o baixista do ano pela Bass Player, foi o único músico a receber esse prêmio por mais de uma vez. Victor foi influenciado por Stanley Clarke, Larry Graham e Bootsy Collins, mas aponta seus irmãos e os pais como suas principais influências. Sob a tutela de seu irmão mais velho, Regi, aos seis anos, já viajava em turnê como integrante da banda de abertura de Curtis Mayfield, lenda do Soul. Em 1988, Victor se mudou para Nashville, onde trabalhou com a cantora Jonell Mosser e conheceu Béla Fleck com quem formou Os Flecktones. Com os Flecktones em pleno vôo, Victor voltou suas atenções para uma carreira solo e lançou seu primeiro álbum solo em 1996, Victor Wooten a show of Hands - eleito uma das mais importantes gravações de baixo de todos os tempos. Depois desse CD vieram mais oito albuns solo e várias indicações ao Grammy. Além de sua carreira solo, Vitor Wooten participa de shows e gravações com artistas como: Branford Marsalis, Mike Stern, Hornsby Bruce, Chick Corea, Dave Matthews, Prince, Keb Mo, Gov't Mule, Susan Tedeschi, Vital Tons Tech (com Scott Henderson e Steve Smith), Jaco Pastorius Word of Mouth Big band, e a trilha sonora de Country Bears (filme da Disney)Também fez parte do SMV com Stanley Clarke e Marcus Miller.Essa foi a primeira vez que Victor Wooten se apresentou no Brasil. Sua banda é formada por Victor Wooten (baixo), Steve Bailey (baixo), Anthony Welington (baixo), Dave Welsch (teclado e trumpete), Derrico Watson (bateria) e Krystal Peterson (vocal). 


WILL CALHOUN: Poucos artistas têm a visão e a capacidade de contribuir para diversos gêneros: jazz, rock, hip-hop e, simultaneamente, produzir e criar novos projetos. O baterista Will Calhoun tem. Conhecido por seu trabalho com o Living Colour e vencedor de dois Grammys, Will é uma referência no seu instrumento. Com mais de quatro CDs lançados do seu trabalho solo jazzístico - seu primeiro cd Will Calhoun Quintet Live at The Blue Note, foi indicado ao Grammy em 2000 - e uma longa carreira que inclui colaborações com Mick Jagger e Wayne Shorter, entre outros, Will lançou no Rio das Ostras Jazz & Blues seu novo cd, que tem as participações de Ron Carter, Wallace Roney e Donald Harrison. E é com o Donald Harrison, que Will Calhoun vai dividir o palco no Rio das Ostras Jazz and Blues.

CHRISTIAN SCOTT: Com 4 cds lançados e uma indicação ao Grammy, o jovem trompetista de nova orleans é um das grandes revelações do jazz atual . O seu show mostra um grande músico contemporâneo com uma enorme consistência musical chistian é um pesquisador e conhece a fundo a história da sua música.
MAYA AZUNCENA: para mim uma das maiores cantoras do mundo, e ainda acompanhada pelo guitarrista VERNON REID foi de arrancar o fôlego para quem aprecia uma  música  de altíssima qualidade.








STEVE BAYLEY: Foi um nome surpresa para mim ele veio acompanhando o baixista VICTOR WOOTN, esse cara é um excelente professor e um dos melhores baixistas do mundo eu estudo a linguagem musical dele desde 18 anos foi um grande prazer encontrar e poder trocar idéias e duvidas sobre sua música. 







O BRASIL veio muito bem representado pelos músicos abaixo:

ARTHUR MAIA: Iniciou sua carreira musical como baterista em bailes da Zona Norte carioca. Orientado pelo tio, o baixista Luizão Maia, trocou a bateria pelo contrabaixo aos 17 anos. Criador de um estilo único de tocar, que o tornou muito popular, Arthur Maia é músico constante em álbuns e shows ao lado de grandes nomes da música nacional como Jorge Ben Jor, Gal Costa, Lulu Santos, Caetano Veloso, Martinho da Vila, Djavan, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Marisa Monte, Leila Pinheiro, Mart’nália, Seu Jorge e César Camargo Mariano, entre outros.Entre os artistas estrangeiros, Maia já tocou também com Ernie Watts, Pat Metheny, Carlos Santana, George Benson, Paquito de Rivera e Plácido Domingo. Foi ainda elemento fundamental em diversos grupos de música instrumental brasileira: Garage, Varanda, Pulsar e o Cama de Gato, na formação com o pianista Rique Pantoja, o baterista Pascoal Meirelles e o saxofonista Mário Senise. Arthur Maia participou ainda da banda Black Rio e do grupo de música pop Egotrip.Free Jazz, Heineken Concerts, Brazil - New York Jazz Festival e os Festivais de Jazz de Paris, Montreux e Montreal foram alguns dos principais eventos internacionais que contaram com a presença do músico.Indicado em distintas categorias ao Grammy, Arthur Maia é ganhador dos prêmios por sua participação em discos como: Brasileiro - Sergio Mendes (Melhor álbum de World Music , 1993); Quanta Gente Veio Ver (Quanta ao Vivo) - Gilberto Gil (Melhor álbum de World Music de 1997); São João Vivo, também do compositor baiano (Música Regional Brasileira, 2001) e mais recentemente por Fé na Festa, de Gilberto Gil (Melhor álbum de Música de Raízes Brasileiras/Regional, 2010).Como produtor musical, faceta na qual vem se dedicando cada vez mais, Maia é responsável por trabalhos de nomes como Mart’nália, Aline Calixto e a banda Nayah.


LEÓ GANDELMAN: Um músico que toca nossa música muito bem e a estrangeira com uma performance para ninguém botar defeito.

DIOGO FIGUEREDO: Guitarrista, produtor, arranjador, orquestrador e multi-instrumentista, Diego Figueiredo nasceu em Franca, São Paulo, em 1980. Com apenas 32 anos, o músico já lançou 20 CDs, 3 DVDs, se apresentou em mais de cinquenta países e foi premiado por duas vezes pelo Montreux Jazz Festival na Suíça (2005 e 2007) como um dos três maiores guitarristas do mundo.

01 julho 2013

FESTIVAL BLUES JAZZ 2013


Estive presente no festival BLUES JAZZ 2013 da cidade de rio das ostras e pude comprovar que, realmente está entre os melhores do mundo em organização,comunicação e conforto. Uma cidade que serve de modelo para as outras do Brasil. Em cima do palco os melhores músicos do mundo e nos bastidores uma equipe impecável. Em torno de todo o local onde aconteceu o festival a segurança foi muito boa e percebi famílias com crianças, idosos e uma variedade de pontos com lanches, petisco, sorvete e pizza. Tinha até baiana vendendo acarajé e uma praça de alimentação para ninguém botar defeito. Um item importantíssimo foi a criação da WEB TV que levou o festival ao vivo para 40 países, com profissionais gabaritados e fazendo um trabalho de primeira. A equipe conta com a produção de Fabrícia Vieira e com as repórteres Rebeca Malafaia e Mônica Oliveira. Elas têm pela frente o desafio de integrar o time de jornalistas da Secretaria de Comunicação, responsáveis pela cobertura do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival, maior evento que a cidade registra. A interação também foi possível por meio da internet, uma vez que a Área de Eventos de Costazul tem rede WiFi aberta para postagens e comentários do público presente na Cidade do Jazz.

Outro ponto forte do festival foi a instalação de cinco telões de led, dentro e fora da área de Eventos e isso foi um grande diferencial na 11ª edição do Jazz & Blues. Coberturas feitas e editadas numa ilha instalada ao lado da Sala de Imprensa que eram transmitas entre os intervalos dos shows. Nas matérias, entrevista com a plateia e os artistas. Televisões foram colocadas em diversos pontos da Cidade do Jazz para que o público não perdesse os detalhes dos shows. Mesmo quem não estava presente no festival podia assistir dentro de suas próprias casas. Uma verdadeira obra profissional feita com muito amor. Estive no palco e pude presenciar uma tecnologia muito grande como um robô sobrevoando o palco, filmando e tirando fotos para facilitar e levar as imagens para quem estava no local do festival e em casa. A equipe técnica trabalhava com muito esforço todos os dias para colocar momentos do show ao vivo online, atualizar sites e redes sociais. Parabéns a toda equipe e em especial ao meu amigo ANDRE AREAS (foto terceiro da direita para esquerda). Parabéns ao secretário de comunicação OSMAR SOARES, a prefeitura e a todos envolvidos nesse projeto maravilhoso que se tornou mundial graças ao esforço desses profissionais maravilhosos.