16 junho 2013

DICAS DE COMO COMPRAR BONS INSTRUMENTOS




Sempre em dia com as novidades e as dicas do mundo musical, o Italva em Foco também se preocupa em oferecer as informações necessárias para que os internautas tenham um consumo consciente. Assim, é fundamental que tenhamos um melhor conhecimento sobre todas as características cruciais na escolha de um bom instrumento, seja ele um violão, guitarra, baixo, instrumento de tecla, sopro ou de percussão. Vamos começar pelos instrumentos de cordas.

Primeiro passo é conhecer as peças que compõem um instrumento, fator principal para uma boa escolha. Por isso eu trago pra você fotos de um violão, uma guitarra e um contrabaixo com o nome de cada peça que compõem o instrumento. Conhecendo os nomes será mais fácil você todo o processo que vou explicar logo a baixo. Se você já tem um instrumento e uma dessas peças der defeito, poderá explicar melhor a quem está te fornecendo as peças. Vamos lá.


A escolha de um violão depende, acima de tudo, do perfil desejado do instrumento. Em geral, o violão se apresenta como um dos instrumentos mais atrativos para os iniciantes ou para quem aprecia os gêneros mais populares da música. Entre as principais características a serem observadas na escolha de um bom violão, estão seu tipo de encordoamento e os materiais utilizados em seu corpo. Combinando um corpo leve e preparado acusticamente em madeira Maple, o braço em marfim, a escala em jacarandá, reparar bem se a escala não está empenada, vê se as tarraxas estão presas corretamente e bem fixadas a mão do instrumento e rodando levemente, reparar se as ferragens como ponte, trastes, parafusos que prendem as ferragens estão enferrujados, reparar se o instrumento está muito tempo na loja, se o encordoamento for em aço observar se encontra com ferrugens, se o violão tiver parte elétrica, liga-lo em uma caixa amplificada e verificar se não a ruídos. Mexer em todo os botões que compõe a parte elétrica e ver se estão funcionando em perfeito estado.


As guitarras e os contrabaixos, de forma semelhante aos violões, exigem uma verificação minuciosa de seu corpo antes de serem adquiridos. Além disso, por sua complexa montagem eletrônica, exigem também conhecimentos mais específicos quanto a seus componentes de amplificação e processamento do sinal sonoro pelos captadores. Fazer todo reconhecimento das ferragens observando se não há ferrugens, se a parte elétrica não está chiando, pois se tiver vai ter que se fazer reparos como aterramento e blindagem do circuito elétrico, verificar se a altura das cordas está muito alta, e se na ponte, os carrinhos do instrumento ainda podem baixar dando margem para o luthier mexer e botar ela em uma altura confortável para o músico tocar. Detalhe importante: tocar nota por nota em toda sua escala em todas as cordas e reparar se não há sinal de  trastejamento, pois se houver, o luthier vai ter que fazer uma retifica nos trastes e a pessoa  que estiver comprando o instrumento vai ter que gastar um bom dinheiro.


Olhar toda a escala e o braço e observar se não há defeitos e olhar se o corpo encontra–se arranhado. Esses são só alguns cuidados. Detalhe importante sobre as madeiras que estão nesse instrumento: Fique de olho aqui no ITALVA EM FOCO que vou fazer uma matéria só sobre madeiras .  Resolvi fazer essa, para você leitor, que quer se músico ou tenha filhos ou amigos ou familiares que  interesse pela arte maravilhosa chamada música, não tenha prejuízo na hora de adquirir um instrumento. Se você não tem esses conhecimentos pesquise, chame algum músico ou amigo para te ajudar na escolha  para não tomar prejuízo. Se desejar pode entrar em contato comigo pois terei o maior prazer em ajudar você. Em matérias futuras vou falar sobre o que usar de madeiras, captadores, ferragens e circuitos. Vamos juntos nessa viagem musical.

EM TEMPO

Estive neste final de semana no Festival Blues Jazz Rio das Ostras e estive com várias feras da música nacional e internacional. Em breve estarei passando aqui na coluna todos os detalhes. Na foto ao lado estou com o baixista Steve Bayley, músico e professor da Berkle, uma das maiores escolas de música do mundo. Em breve mais detalhes.

02 junho 2013

ENTREVISTA COM MARCOS GODOY




O guitarrista MARCOS GODOY é para mim um dos melhores do pais. Já tocou com os mais renomados músicos na área instrumental e nos concedeu essa maravilhosa entrevista para a coluna Falando de Música do ITALVA EM FOCO.







Adilton: ONDE NASCEU E  QUANTOS ANOS VOCÊ TEM?
Marcos: Sou paulista da capital mesmo (paulistano com orgulho), morei lá até meus 16 anos. Cheguei ao Rio (Niterói) com minha família em 1981.Hoje tenho 45 anos.

Adilton: COM QUANTOS ANOS COMEÇOU O INTERESSE PELA MÚSICA? 
Marcos: Desde que me entendo por gente tive contato com a música, pois meu pai tocava (por hobby) piano, violão e tinha alguns instrumentos de samba (agogo , tamborim , surdo , etc) pois sempre fazia uma farra com os amigos e família, acompanhado de um bom churrasco... rs . Assim eu cresci. Ouvindo basicamente Bossa Nova e samba através dele, mas quando conheci o rock , me apaixonei (coisa de garoto) . Dos 16 aos 19 fui metaleiro ... rs, mas como tinha um histórico de ouvir outros gêneros , nunca fui tão radical.

Adilton: EM SUA FAMILIA TEM OUTROS MÚSICOS? 
Marcos: Como disse, tinha (não profissionalmente) meu pai, muito embora antes de se casar , meu pai fazia alguns shows tocando baixo acústico e meu irmão toca também de hooby.

Adilton: DESCREVA ALGUMS ARTISTAS QUE VOCÊ TRABALHOU?
Marcos: Eu nunca trabalhei com artistas de nome em palco, nem em estúdio, exceto do meio instrumental. Só um disco que gravei com uma banda de samba que Emilinha Borba participou. Com relação a músicos já toquei com Arthur Maia, Marcelo Martins, Zé Canuto, Marcus Kinder e muita gente que está na luta do dia a dia. De duplas sertanejas a big band.

Adilton: FALE UM POUCO DE SUAS INFLUENCIAS? 
Marcos: Bom... posso dizer que tive alguns momentos até aqui na minha formação. O meu pai contribuiu na área da musica brasileira com sua bossa nova , assim como Nelson Faria; meu professor de instrumento durante 4 anos de universidade , também Yuri Popoff (harmonia aplicada) também da universidade. Mas tive outros momentos importantes. Minha paixão pelo rock não pôde ser ignorada, o que me direcionou para um tipo de pegada e maneira de tocar na guitarra ( o que inclusive veio antes da universidade), e meu gosto também pelo country americano, pois seus solos e adrenalina me atraem bastante . Deste bolo todo , posso te dizer que minhas maiores influencias são o fusion (jazz rock ) principalmente pela guitarra de Scott Henderson , o jazz de Pat Metheny e o country americano.

Adilton: VOCÊ É ENDOSE DE ALGUMA FIRMA?
Marcos: Sou endose da Groove (cordas) , tenho apoio da Walczak (guitarras) e da loja Disconildo em Niterói.

Adilton: COM QUEM VOCÊ ESTÁ TOCANDO ATUALMENTE?
Marcos: Atualmente estou me dedicando ao meu novo CD Rumo Certo ,e também toco como freelance em outros quando sou chamado. Atualmente estou me dedicando muito a área acadêmica dando aulas e me preparando para o mestrado que pretendo fazer.

Adilton: VOCÊ TEM ALGUM TRABALHO INSTRUMENTAL?
Marcos: Sim, tenho dois cds instrumentais meus. O mais novo se chama Rumo Certo, com a participação de mais de quinze músicos como Arthur Maia , Rick Ferreira, Cláudio Infante entre muitos outros.


Adilton: FALE DOS ESTILOS DE MÚSICA QUE MAIS TE ESTIMULOU A SER ESSE MÚSICO EXCELENTE  COM UMA POSTURA EXEMPLAR NO PALCO.
Marcos: Como disse, basicamente minhas influencias não foram (e são) músicos super técnicos como os guitarristas de rock tipo Vinnie Moore, Guthrie Govan, mas sim músicos que me tocavam musicalmente pela composição e sonoridade, assim posso citar o Scott Henderson , Eric Jonhson, Pat Metheny , Albert Lee e mais recentemente Brad Paisley .

Adilton: DÊ UMA DICA PARA OS INICIANTES.
Marcos: Minha primeira e fundamental dica. ESTUDE E SEJA ABERTO A TODOS OS GENEROS,mesmo que você ouça e perceba que não é pra você, pois tem musicas que a linguagem não tem a ver conosco e outras são a nossa cara. A outra dica é : aprenda a ser um bom administrador da sua carreira, saiba discernir o que é legal e o que não é pra você e saiba que drogas e álcool não faz a carreira de ninguém decolar e sim afundar.

Adilton: DESCREVA SUAS MAOIRES DIFICULDADES NO INICIO DE CARREIRA.
Marcos: Acho que isso é que nem relação entre marido e mulher, cada um tem suas dificuldades , não é igual a todos. No meu caso tive primeiro que mostrar para meus pais que queria ser musico de verdade mesmo e aos poucos fui ganhando minha grana com aulas e shows. No inicio umas das grandes barreiras é foi a dificuldade de estabelecer um nome, uma clientela de alunos, mas é preciso persistência, certeza do que quer, e muito amor pela musica.

Adilton: AGRADECIMENTOS.
Marcos: AGRADEÇO A DEUS EM PRIMEIRO LUGAR QUE ESTEVE E ESTÁ COMIGO EM TODOS OS MOMENTOS DA MINHA VIDA, .AOS MEUS PROFESSORES, PAIS E  AMIGOS EM GERAL. UM FORTE ABRAÇO