20 abril 2013

ENTREVISTA COM AUGUSTO BORGES



É com muito prazer que trago para mais uma entrevista, um super músico com conhecimentos de ritmos. Profissional de mão cheia, tem vários trabalhos firmados com artistas renomados de nossa música. Um grande amigo. Tenho grande admiração pelo seu trabalho, o baterista AUGUSTO BORGES. Aproveite e leia essa matéria recheada de boa música.



Adilton - ONDE NASCEU E  QUANTOS ANOS VOCÊ TEM?
Augusto - Nasci no interior do estado do Rio de Janeiro, na cidade de Varre-sai. Tenho 34 anos de idade.

Adilton - COM QUANTOS ANOS COMEÇOU O INTERESSE PELA MÚSICA?
Augusto - Tudo começou aos 7 anos tocando surdo e logo depois caixa, vulgo tarol (rsrsrs), na banda de fanfarra do Colégio Estadual Dr. Miguel Couto Filho, em Varre-Sai RJ, na regência do Geraldo Mendonça, “carinhosamente chamado Cabecinha”(rsrsrs). Com 14 anos já estava morando em Recife- PE em um condomínio onde tinha uma banda e um amigo, João Henrique(músico), me deu o maior incentivo para tocar bateria, por ter um bom ritmo e assim foi...

Adilton - EM SUA FAMILIA TEM OUTROS MÚSICOS?
Augusto - Meu avô (Nelson Custódio Ribeiro) tocava clarinete. Essa é a única referência musical que tive na família. Não tive tempo de trocar uma ideia musical com ele, por que morei longe dele durante muito tempo e quando comecei a tocar profissionalmente ele não estava mais aqui com a gente, infelizmente.

Adilton - DESCREVA ALGUMS ARTISTAS QUE VOCÊ TRABALHOU?
Augusto - Tenho acompanhado vários artistas aqui da região. O meu último trabalho registrado em DVD foi do meu amigo Kadim Duedel, com o show “A Guerra tá perdendo a guerra”. Um trabalho muito legal, repertório rico, no qual toquei do frevo ao jazz. Um show onde tive a oportunidade de tocar com grandes músicos como Sérgio Chiavazzoli e Silvério Pontes.

Adilton - VOCÊ TEM ALGUM TRABALHO INSTRUMENTAL?
Augusto - Sim. “Groove a 3” é o nome do projeto. Eu na bateria, Luiz Rodrigues nos teclados e Alex Abrão no baixo. O repertório é bem legal, que vai de Estive Wonder, Lee Ritenour a Arthur Maia. É muito bom poder trabalhar um projeto onde se pode tocar músicas que gostamos de ouvir. Apesar do nome GROOVE a 3, sempre temos grandes participações de guitarrista , sax e flauta. O groove na verdade nunca é só a 3, é 3,4,5,6,7 (rsrsrsrs) depende da agenda dos amigos!!! (rsrsrsrsrs).

Adilton - FALE UM POUCO DE SUAS INFLUENCIAS.
Augusto - Minhas influencias foram os grandes músicos do cenário pernambucano: Tostão Queiroga, hoje tocando com Elba Ramalho; Augusto Silva, tocando com Spok Frevo Orquestra; Ébel, Café de Jesus. Essas foram as influencias que pude ver tocando de perto. Comecei na noite e por conta disso outros músicos também fizeram parte da construção do meu som, como Carlos Bala, Claudio Infante, Albino Infantozi entre outros. Teve também as influencias do rock 70/80 internacional: LED ZEPELLIN, LYNYRDY SKYNYRD, RUSH, na verdade foram muitas bandas.

Adilton - VOCÊ É ENDOSE DE ALGUMA MARCA?
Augusto - Sim. Sou muito feliz por ter parceiros que me dão suporte para fazer um som de qualidade. Baterias GRETSCH (Renown Maple e Catalina Bossa Nova), pratos SOULTONE, baquetas LIVERPOOL signature Augusto Borges, rack de bateria ADAH e Casa das impressoras INFO MUSIC, a loja que gerencio e me dá todo o suporte para meu trabalho como músico. Gostaria de agradecer a todos os meus patrocinadores pelo carinho e a confiança em meu trabalho. Agradeço à Deus todos os dias por todos eles e que essa parceria seja longa e duradoura.

Adilton - QUAL CONFIGURAÇÃO DE SEUS SEPUTS?
Augusto - Estou usando duas maravilhas da GRETSCH (RENOWN MAPLE e CATALINA CLUB BOSSA NOVA). RENOWN MAPLE: MODELO : RN-E824 REFERÊNCIA DE COR: CSF (COBALT SPARKLE FADE) BUMBO – 22x18” TONS – 10X8” / 12X9” SURDOS – 14X14” / 16X16” CAIXA – 14X5” 
BOSSA NOVA MODELO: CC-BN484 REFERÊNCIA DE COR: WG (BRANCA) BUMBO – 18X14” TONS – 10X7” / 12X8” SURDO – 14X14” CAIXA – 14X5”  CAIXA HAMMERED STEEL SHELLS MODELO – S0814 ( 14X8”)
PRATOS SOULTONE: CUSTOM BRILHANT (RIDE: 22” / CRASH: 17”/18”) CUSTOM (HI-HAT:14” / CRASH: 14” / SPLASH:08”/12”) EXTREME: CHINA 14” GOSPEL: SPLASH 10” FX06: CRASH 19” 
BAQUETAS LIVERPOOL (SIGNATURE AUGUSTO BORGES)

Adilton - COM QUEM VOCÊ ESTÁ TOCANDO ATUALMENTE?
Augusto - Atualmente tenho feito vários trabalhos simultâneos. Estou em um novo projeto com o cantor, compositor e poeta Valber Meireles, gravando o seu 6º CD ”DESENVELHECENDO”, além de seus vários shows no decorrer do ano. Também o DVD do Kadim Duedel, que será gravado no teatro do SESI dia 26 de abril, com o show “DESSA GENTE”. Estou na produção do CD do meu Power Trio de rock “MOBY JAM” com o CD “SEM JUIZO”. E vários shows durante o ano com Fábio Lopes um cantor de MPB de primeiríssima qualidade. No meio disso tudo tem a Loja CASA DAS IMPRESSORAS INFO MUSIC uma loja de instrumentos musicais, em minha opinião, a melhor loja do ramo na região. Sou suspeito em falar isso por ser gerente da loja (rsrsrsrs), mas a ideia da loja é realmente dar apoio aos nossos músicos, assim, temos como patrocinados os melhores músicos da região. Isso permite uma ligação bem forte entre loja e músicos. Afinal loja de instrumento musical é feita para músicos também (rsrsrsrs), e na loja também temos nossa JAM ,que rola uma vez por mês e é o maior sucesso. Ela acontece dentro da loja mesmo e na data vêem músicos de todas as cidades...( Você está me devendo uma visita na Jam Adilton... rsrsrsrs). Quem quiser conhecer melhor nossa loja é só acessar: www.casadasimpressoras.net ou procurar e adicionar casa das impressoras no faceboock.


Adilton - FALE UM POUCO DE SEU INICIO NA MÚSICA? COMO TUDO COMEÇOU?
Augusto - Em geral foi muito bom. Quando comecei, alguns amigos começaram também, então foi uma época de aprendizagem para a banda inteira. Na minha primeira banda todos começaram juntos, então foi bem divertido. Logo depois foram aparecendo as dificuldades por ser jovem demais, não ter grana para ter um instrumento legal, alguns pais não achavam muito legal essa parada de ser músico. Então alguns amigos desistiram, mas a maioria faz som até hoje.

Adilton - FALE DOS ESTILOS DE MÚSICA QUE MAIS TE ESTIMULARAM A SER ESSE MÚSICO EXCELENTE, COM UMA POSTURA EXEMPLAR NO PALCO?
Augusto - Quando tive a oportunidade de conhecer a cultura pernambucana eu não tinha idéia o quanto era rica a musicalidade daquele estado. Até então um garoto do interior do RJ que chegou em Recife e quis ser músico. Eu achava que só tinha frevo e isso ia ser chato, mas estava totalmente enganado. Quando comecei a pesquisar e conhecer o carnaval pernambucano e ver que tinha estilos musicais que mexiam com a gente, como o maracatu, com aqueles tambores marcando numa pressão danada, o ritmo elétrico do frevo, eu fiquei bolado! Foi durante essas pesquisas que tive oportunidade de conhecer os grandes bateras pernambucanos:Tostão, Augusto, Café... Eu olhava os caras e achava top demais a moral de um grande músico e o respeito que todos tem pelos caras. Eu queria ser assim também. Recife foi muito importante pra mim, mas voltar para o RJ foi essencial na minha carreira. Foi aqui que meu som deu uma amadurecida, o rock se tornou mais presente no meu som e eu gosto muito de fazer. Aprendi a dar valor a certos trabalhos que achava chatos. Hoje toco do rock ao regional e não me arrependo de nenhum trabalho feito até agora, porque todos só me fizeram crescer como músico.

Adilton - DÊ UMA DICA PARA OS INICIANTES?
Augusto - Minha dica é a mesma de todo músico que gosta muito do que faz. Estude! Estudar para tocar bem, tocar legal.Eu costumo dizer que não quero ser o melhor músico do mundo, mas quero ser aquele músico que todo mundo gosta de tocar com ele. É aquele cara bom de bola, que não faz gol direto, mas joga bem e é convidado para todas as peladas, entendeu!?!??! Dificuldade todos nós temos, mas não adianta bater de frente com nossos pais, com nossa cidade por não dar apoio a cultura, etc... Você tem que fazer por onde, mostrar aos seus pais que a música é legal e vai te ajudar na escola, no relacionamento com outras pessoas, melhorar sua cultura, essas coisas. Não espere o prefeito ou o pastor da igreja arrumar um lugar pra você tocar, isso é muito difícil de acontecer, mas quando eles descobrem que sua banda toca bem ou é uma galera abençoada, que tem coisas boas para passar para outros jovens, aí sim vocês serão convidados a se apresentar. Se você realmente gosta de música e tem o sonho de ser músico, seja profissional em seus objetivos. Toque simples, mas seja extremamente organizado em seus projetos. Essa é a dica que tenho pra você.

Adilton - DESCREVA SUAS MAOIRES DIFICULDADES NO INÍCIO DE CARREIRA?
Augusto - Grana e apoio dos pais, isso acho que foi o mais difícil. No início foi um pouco complicado, porque meus pais acharam que eu ia largar tudo e sumir no mundo tocando bateria. Mas o tempo foi passando e fui me profissionalizando, isso foi acontecendo naturalmente. Hoje eles são meus maiores fãs, minha mãe compartilha tudo ao meu respeito no face (rsrsrsrs)... eu acho isso muito maneiro!!! Hoje tenho patrocinadores que me apoiam e pessoas que me dão muita moral. Todo começo é difícil, você só não pode desistir na primeira barreira, as coisas que vem fácil vão fácil. Então se dedique mesmo a seus projetos, pois assim eles serão reconhecidos.

Adilton - SUAS PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS
Augusto - Minhas influências são os músicos que toco hoje e já toquei. Por cada um tenho um respeito enorme, afinal, a cada toque, a cada arranjo, a cada show, me dedico como se estivesse tocando no melhor palco do mundo. As principais influências são aquelas que vêm de pessoas que estão ao seu lado puxando sua orelha para que seu som cresça e melhore de ensaio a ensaio e a cada show.

Adilton - AGRADECIMNTOS
Augusto - Gostaria de agradecer à Deus pela honra de ser baterista. A você pelo convite da entrevista e o carinho que sempre teve comigo, aos meus patrocinadores (GRETSCH/SOULTONE-SONOTEC /LIVERPOOL/CASADASIMPRESSORAS), ao amigos e a todas as bandas e projetos de que participo. Valeu mesmo por me ceder esse espaço e poder contar um pouco da minha história. Augusto Borges

07 abril 2013

ENTREVISTA COM VITOR VIEIRA


Olá. É com muito prazer que trago essa matéria com esse músico excelente. Sabe por que? Ele é filho e neto de gente daqui de Italva-RJ. Com apenas 27 anos já tocou em peças teatrais de Miguel Falabella, Marilía Pêra, na música com Ed Mota, Geraldo Gamboa, Lene Morais, Juliana Diniz, Gustavo Lins, Zeze Motta entre outros. Um músico com um feeling maravilhoso. Posso dizer isso, pois tocamos juntos durante anos e em breve estaremos tocando aqui em italva com o trio raiz, em um trabalho instrumental. VITOR VIEIRA, filho de MAURICIO BALBI BACELAR DA SILVA e MARIA DE FATIMA VIEIRA DA SILVA, os avós maternos MANOEL VIEIRA, MARIA ROSA VIEIRA e o Sr. Manoel Vieira, popular baixada. Inclusive o vestiário do ESPORTE CLUBE ITALVA leva o nome do Sr. MANOEL VIEIRA. Vitor saiu novo de Campos para estudar música em São Paulo. Hoje, morando no Rio de Janeiro, tem tocado com muitos artistas renomados e atualmente está tocando com um dos melhores guitarrista do Brasil, Dino Rangel. Com o Dino já fez turnê fora do Brasil. Conheça um pouco da história desse maravilhoso músico Baterista e percussionista de mão cheia.

Adilton - ONDE NASCEU E QUANTOS ANOS VOCÊ TEM?
Vitor - Campos dos Goytacazes em 1986 no Hospital Plantadores de Cana! Tenho 27 anos.

Adilton - COM QUANTOS ANOS COMEÇOU O INTERESSE PELA MÚSICA?
Vitor - Aos 5 anos de idade. A minha avó viu um baterista na tv e teve a brilhante ideia de pregar cabos de vassouras no quintal de casa com latas de tinta. Ao mesmo tempo quebrou dois pequenos galhos do pé de carambola e me deu! Foi assim...rs

Adilton - EM SUA FAMILIA TEM OUTROS MÚSICOS?
Vitor - Apesar da minha família ser muito musical por parte de minha mãe, eu sou o único que se tornou músico profissional!

Adilton - DESCREVA ALGUNS ARTISTAS QUE VOCÊ TRABALHOU?
Vitor - Já tive o prazer de tocar com Miguel Falabella, Marilía Pêra, Ed Mota, Geraldo Gamboa, Lene Morais, Juliana Diniz, Gustavo Lins, Zezé Motta entre outros.

Adilton - VOCÊ TEM ALGUM TRABALHO INSTRUMENTAL?
Vitor - Faço parte de vários, mas tenho um projeto que se chama Grupo do Chuvisco.

Adilton - FALE UM POUCO DE SUAS INFLUENCIAS?
Vitor - No começo sempre foi a música brasileira. Escutei muito Gilberto Gil, Djavan, Ivan Lins entre outros. Na área instrumental Arthur Maia, André Neiva, Edu Ribeiro e Cláudio infante. Já no jazz Tony Williams, Art Blakey, Peter Erskin entre outros!

Adilton - VOCÊ É ENDOSE DE ALGUMA FIRMA?
Vitor - Sim, Jaburu baquetas acústicas RJ!

Adilton - COM QUEM VOCÊ ESTÁ TOCANDO ATUALMENTE?
Vitor - Depois de 2012, quando fiz musicais de teatro, estou tocando mais na área instrumental com vários grupos do Rio como Dino Rangel Trio, A Tampa do Baú e outros!


Adilton - FALE UM POUCO DE SEU INICIO NA MÚSICA? COMO TUDO COMEÇOU?
Vitor - Como disse anteriormente, tudo começou dentro da minha casa e logo após comecei a tocar como autodidata em bares da cidade,em bandas de samba e de baile!Depois, quando vi que queria viver da música, resolvi estudar. Procurei aulas para me especializar, virar um profissional na área.

Adilton - FALE DOS ESTILOS DE MÚSICA QUE MAIS TE ESTIMULOU A SER ESSE MÚSICO EXCELENTE, COM UMA POSTURA EXEMPLAR NO PALCO?
Vitor - No começo sempre foi o samba, a música brasileira em geral. Depois que comecei a estudar, foi o jazz que me encantou e nunca mais parei de estudar essa filosofia!

Adilton - DÊ UMA DICA PARA OS INICIANTES?
Vitor - A minha dica é sempre acreditar na educação. Você que é musico, sempre acredite no seu talento, mais é preciso se educar. Procurar bons professores, estudar sempre. E nunca desista do seu sonho, porque isso também é um fantasma, que sempre vai estar do seu lado. Lute sempre.

Adilton - DESCREVA SUAS MAIORES DIFICULDADES NO INÍCIO DE SUA CARREIRA?
Vitor - Olha, como o mercado musical não está lá essas coisas hoje em dia, nós ainda temos dificuldades. No começo foi muito difícil. Até descobrir os caminhos não foi facíl. Mas, a maior mesmo foi sair de casa, abrir mão de pessoas que você ama para ficar longe em busca de um sonho.

Adilton - AGRADECIMENTOS
Vitor - Primeiramente a DEUS,a você Adilton, por essa iniciativa da coluna e de ter me convidado também. Fico muito feliz em escrever para a cidade da minha mãe,que é minha raiz também. Um beijo e um abraço musical a todos vocês.